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Hélio Gracie
Hélio Gracie

Hélio Gracie (Belém do Pará, 1 de outubro de 1913 - Petrópolis, 29 de janeiro de 2009) foi o patriarca da família Gracie. Foi responsável pela difusão do Jiu-Jitsu no Brasil e idealizador do estilo de arte marcial brasileira conhecido mundialmente como Brazilian Jiu-Jitsu.

Descendente distante de escoceses, quando era apenas uma criança sua família mudou-se para o Rio de Janeiro. Devido à sua frágil saúde, Hélio, o mais franzino dos Gracie, não podia treinar o Jiu-Jitsu tradicional ensinado pelos seus irmãos, especialmente Carlos Gracie.

Observador, Hélio passou a acompanhar, dos seus treze aos dezesseis anos, as aulas ministradas por Carlos. Aprendeu todas as técnicas e ensinamentos de seu irmão, mas, para compensar seu biotipo, Hélio aprimorou a parte de solo tradicional, através do uso do dispositivo de alavanca, dando-lhe a força extra que não possuía, criando assim o Jiu-Jitsu Brasileiro (hoje internacionalmente conhecido como Brazilian Jiu-Jitsu, ou BJJ).

No dia 29 de janeiro de 2009, aos 95 anos, Hélio Gracie faleceu e deixou como legado as raízes do esporte que ensinou e difundiu por todo o planeta.

Primeiras lutas

Hélio começou sua carreira de lutas quando finalizou o lutador de boxe profissional Antonio Portugal em 30 segundos em 1932. No mesmo ano Gracie lutou contra oestadunidense Fred Ebert por 14 rounds de 10 minutos cada, até que a luta foi interrompida pela polícia.

Em 1934, Joséfrenio lutou contra Wladak Zbyszko, que era chamado de "campeão do mundo", por 3 rounds de 10 minutos. Esta luta terminou empatada.

Lutas contra judocas

Em 1932 Hélio Gracie lutou contra o judoca Namiki. A luta terminou empatada, mas segundo a família Gracie o sinal do fim da luta tocou segundos antes que Namiki batesse o braço. Hélio enfrentou duas vezes o judoca japonês Yasuichi Ono, depois que o japonês estrangulou o irmão George Gracie em outra luta. Ambas as lutas terminaram empatadas. Hélio Gracie também lutou contra o judoca japonês Kato duas vezes. A primeira luta, no estádio do Maracanã terminou empatada. Hélio pediu então uma segunda luta, realizada no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Hélio ganhou a segunda luta estrangulando Kato.

Em 1955, Hélio Gracie lutou contra o judoca Masahiko Kimura no Maracanã. Kimura ganhou usando uma chave de braço chamada ude-garame - que mais tarde seria chamada de kimura pelos gracies. Em 1994, durante uma entrevista, Hélio Gracie admitiu que ficou inconsciente ao ser estrangulado por Kimura, mas que reviveu e continuou lutando. A luta terminou com Kimura quebrando o braço de Hélio, que se recusava a bater (desistindo da luta). Seus técnicos então jogaram a toalha, terminando a luta. A imprensa brasileira relatou a luta como uma "vitória moral" de Hélio Gracie.

Mensagem do Mestre

Cquote1.svg O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade. Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saúde. O problema consiste na criação de um Jiu-Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados. O objetivo do Jiu-Jitsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados. O meu Jiu-Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado. Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu-Jitsu.

Mensagem de Helio Gracie no DVD Jiu-jitsu Advanced

Helio Gracie conta que tinha um grande problema para aplicar os golpes do jiu-jitsu tradicional Japones:

Cquote1.svg Primeiro eu não fazia, pois não conseguia adaptar-se para aplicar os golpes, eu comecei fazer adaptações desse jiu-jitsu por mim criando um jiu-jitsu um pouco diferente porque aqueles golpes não conseguia aplicar, comecei me ajeitar fiz o jiu-jitsu para mim, este jiu-jitsu foi dando uma maior eficiência, um dia vem um cara muito forte lutar comigo onde foi minha primeira luta o nome dele é Edigar Santos Rocha e sendo que na mesma obtive vitória em tempos depois Carlos Gracie aranjou outra luta daqui para cá venho aprimorando cada vez mais a técnica, sendo a mesma que dominou o mundo e o meu filho Rilion Graciecom o UFC nos Estados Unidos deu esta propagação fantástica que o mundo inteiro quer aprender jiu-jitsu, o jiu-jitsu que eu faço e que meus filhos fazem não e possível vencê-los a não ser por acidente, amanhã você vai lutar com Holyfield, em 100 lutas pode perder 3 ou duas, ou seja para vencer-me terá que saber o jiu-jitsu que eu adaptei ou apenas por um acidente, logicamente a confederação de boxe jamais deixará pois traria prejuízos enorme ao boxe pela grande rotatividade de investimento.

O jiu-jitsu que criei não foi para esporte de competição, eu nunca tive qualidade físicas, eu não fui um atleta, mas criei a primeira federação de jiu-jitsu para ter uma projeção oficial do jiu-jitsu, ou seja destacar minha arte para ser oficial, meu jiu-jitsu é uma arte de defesa pessoal, para proteger o cidadão o homem de mais idade, a mulher ser atacada, o homem fraco, a criança, a senhora ou a moça amanhã se dominada e apanharem por vagabundo qualquer, porque não tem condições atléticas para brigar como eu nunca tive, o meu jiu-jitsu é um jiu-jitsu pujante de eficiência física para condições de defesa pessoal haja visto exemplo que nos temos visto, os melhores lutadores no Brasil e o celeiro de campeões mundiais de jiu-jitsu, todos melhores lutadores do mundo de jiu-jitsu são do Brasil, independente dos meus filhos que são melhores que todos os outros, apenas meus filhos sabem o jiu-jitsu de briga, concilia a técnica esportiva com a de briga, agora no Brasil só faz jiu-jitsu com regras e tempo, ora como posso lutar com um homem mais forte com 5 ou 10 minutos de briga se eu sou fraco e ele e forte eu tenho que esperar que ele canse para ganhar, quem é melhor sou eu ou ele, ele que ganha durante o tempo ou eu que ganho depois do tempo porque o juiz disse que eu perdi, nossas lutas são sem tempo, porque eles não tem técnica vão cansando e nos ganhamos a luta. Eu sempre disse nunca ganhei de ninguém, eles que perdem.

Eu devo tudo ao jiu-jitsu eu era um garota fraco, nervoso, complexado, eu achava ser valente era não ter medo de brigar acontece que depois que comecei a a praticar jiu-jitsu passei a não brigar, passei acreditar em mim , passei a ser tolerante as coisas, e sou um homem tolerante aparentemente, pois o controle do jiu-jitsu foi tão grande me fez bom moralmente, todo brigador e covarde, todo brigador e inseguro por isso que ele briga, o homem seguro e confiante, quando seguro moralmente ele domina a pessoa com a moral e não com briga.